Vera da Silva participa de festival inédito no Brasil sobre protagonismo feminino

Pela primeira vez no país, o Festival Mulheres no Mundo será realizado na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e uma das convidadas é a pesquisadora do Inpa, Vera da Silva, que também é coordenadora do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, patrocinado pela Petrobras e executado pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) 

Por Fernanda Farias – Ascom Ampa

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Reunir mulheres de todo mundo para debater sobre o protagonismo feminino é um dos principais objetivos do “Festival Mulheres no Mundo”. E uma das convidadas para participar deste evento mundialmente prestigiado é a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) e coordenadora do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, Vera da Silva, que participará de duas mesas-redondas, amanhã, 17 de novembro.

Para a pesquisadora, que é doutora em Ecologia e Reprodução de Mamíferos pela Universidade de Cambridge e sócio-fundadora da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) participar deste evento é uma grande oportunidade para trocar experiências e enaltecer o protagonismo da mulher. “A questão das mulheres profissionais e mães sempre foi um tópico importante no meu dia a dia. E poder falar sobre um tema que faz parte do meu cotidiano é muito oportuno”, disse.

O evento começa hoje (16) na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e vai até o dia 18 de novembro. A vasta programação foi dividida em vários espaços, como o Museu do Amanhã, Praça Mauá, Museu de Arte do Rio, e o Armazém 1. Confira aqui a programação.

Pesquisadores do AMPA / INPA durante captura de botos para coleta de material biológico, marcação, biometria e coleta de outros dados do Projeto Botos do Rio Negro. O projeto foi realizado na comunidade São Thomé – Amazonia – Brasil. Foto: Jonne Roriz/AMPA

A roda de conversa que a pesquisadora participará no sábado será sobre “Consciência de si e formas de sustentabilidade”, e dividirá a discussão com Luciana Freitas, Maria do Carmo Oliveira, e Sonia Guajajara ao que diz respeito os efeitos da ação humana no meio ambiente, seja na proteção dos animais, nas formas como consumimos, dentre outros tópicos.

Em seguida o debate será sobre “O poder que emana das mulheres cientistas em rede”, tema atual para discutir de que maneira a atuação das mulheres em redes de cientistas pode contribuir não só para as mulheres serem mais respeitadas, tanto em sua competência, quanto em suas particularidades, quanto para o avanço do conhecimento, que se constrói em bases mais humanistas e sustentáveis.

Sobre a pesquisadora Vera da Silva

Vera da Silva é pesquisadora do Inpa desde 1981, local que exerce função de coordenadora do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA). “No laboratório desenvolvemos pesquisas com ênfase em Biologia e Conservação de Mamíferos Aquáticos da Amazônia, em parceria com a Associação Amigos do Peixe-boi e a Petrobras, que é a patrocinadora oficial do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia”, esclarece a coordenadora do projeto.

Pesquisadores do AMPA / INPA durante captura de botos para coleta de material biológico, marcação, biometria e coleta de outros dados do Projeto Botos do Rio Negro. O projeto foi realizado na comunidade São Thomé – Amazonia – Brasil. Foto: Jonne Roriz/AMPA

A pesquisadora, graduada em biologia pela Universidade de Brasília (UNB), trabalha com os botos e peixes-bois da Amazônia há cerca de 40 anos. Com os estudos de mais de 25 anos na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Mamirauá, a bióloga junto à equipe, gerou o maior volume de conhecimento que existe sobre os golfinhos da Amazônia.

Vera da Silva também coordena o Projeto Peixe-boi da Amazônia, que envolve o resgate de filhotes, a reabilitação, adaptação a vida selvagem e a reintrodução no ambiente natural. “Esses dois projetos, com a orientação de jovens cientistas, ocuparam a minha vida de bióloga na Amazônia”, comenta a coordenadora, que também está a frente do Projeto Museu na Floresta, cuja missão é contribuir para a conservação da biodiversidade da Amazônia, oferecendo suporte não só para a pesquisa, mas também para atividades de educação ambiental e ecoturismo.