O Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, que é patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental recebeu hoje o filhote recém-nascido no Inpa, principal parceiro da AMPA, que executa o Projeto.
Texto: Louise Lauschner – Ascom Ampa
Foto: Fernanda Farias – Ascom Ampa
Um filhote de peixe-boi fêmea foi resgatado no lago Papauru, na Área de Proteção Ambiental de Nhamundá, no município de Nhamundá (379 km da capital), por moradores da Fazenda Vista Alegre e levado hoje (28) para o instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) para ser reabilitado.
Esse é o segundo filhote do ano que chega ao Laboratório de Mamíferos Aquáticos do instituto para ser reabilitado. De acordo com o diretor do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, o patrocínio da Petrobras é extremamente importante para agilizar o resgate dos filhotes de peixe-boi em toda a Amazônia.
“O patrocínio da Petrobras nos permite trabalhar em parceria com os órgãos ambientais e possibilita que os custos do resgate e transporte possam ser arcados pelo Projeto”, explica Romero.
O Laboratório de Mamíferos Aquáticos é o principal parceiro do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, que é executado pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e tem o apoio financeiro da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Resgate
O filhote de peixe-boi foi resgatado no dia 24 de janeiro por comunitários e levado pelo gestor da Apa Nhamundá, o funcionário da Secretária de Estado do Meio Ambiente (Sema) Otávio de Souza, até o Inpa. Souza viajou de Nhamundá até Manaus para trazer o filhote em segurança.
“Os comunitários informaram que estavam vendendo carne de peixe-boi em Terra Santa (PA) e acreditam que o filhote órfão foi levado pelas correntezas até a APA Nhamundá, tendo em vista que a distância não é grande”, informa o gestor.
Segundo o veterinário do Inpa Anselmo d´Affonseca, a fêmea tem uma semana, pesa 10,7 kg e está em bom estado de saúde, Anselmo acredita em 3 hipóteses para que o filhote tenha sido resgatado.
“Quando o filhote é recém-nascido, ele fica mais tempo na superfície pois está aprendendo a respirar e a nadar, quem presencia essa cena por vezes confunde com um filhote desgarrado e tira de perto da mãe sem necessidade. Outra hipótese é que o filhote, por ser muito pequeno, pode ser uma cria pré-matura que não conseguiu acompanhar a mãe e ficou à deriva. E por último, há a hipótese do filhote ter perdido a mãe para caça ilegal e ficou boiando, perdido, até ser resgatado”, explica D’Affonseca.
Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia
O Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia recebe o patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, renovado neste ano (2018). O projeto é executado pela Associação Amigos do Peixe-boi – AMPA e tem como principais objetivos resgatar, reabilitar e reintroduzir peixes-bois (Trichechus inunguis) aos rios da Amazônia, além de auxiliar o projeto Boto do Inpa.